Histórico
O método Mãe-Canguru foi implementado pela primeira vez em 1978, em Bogotá (Colômbia), pelo Dr. Edgar Rey Sanabria e desenvolvido a partir de 1979 pelos doutores Héctor Martinez Gomes e Luis Navarrete Pérez. Esses pediatras colombianos , do Instituto Materno-Infantil de Bogotá, queriam por fim à prática que consistia em colocar dois ou três bebês em uma mesma incubadora, por outro lado, reduzir o tempo de separação entre mãe e o bebê, a qual levava às vezes ao abandono desses recém-nascidos.
Essa técnica foi progressivamente conduzindo a definição do Programa Mãe-Canguru.
Tal programa compreende vários aspectos:
- Colocação do bebê em posição canguru.
- Acompanhamento dos bebês e de suas famílias
- Criação de equipes especializadas.
Definição
Método Mãe-Canguru é um tipo de assistência neonatal que implica em contato pele a pelo precoce, entre a mãe e o recém-nascido de baixo peso, de forma crescente e pelo tempo que ambos entenderem ser prazeroso e suficiente, permitindo dessa forma uma participação maior dos pais no cuidado ao seu recém-nascido.
A posição canguru consiste em manter o recém-nascido de baixo peso, ligeiramente vestido, em decúbito prono, na posição vertical, contra o peito do adulto.
Visa ao atendimento adequado do recém-nascido de baixo peso, com procedimentos humanizados, tendo como objetivo maior apego, o incentivo ao aleitamento materno, melhor desenvolvimento e segurança, inclusive quanto ao manuseio e relacionamento familiar.
Princípios
Atenção à saúde centrada na humanização da assistência e no princípio da cidadania da família.
Retirar o bebê o mais breve possível da incubadora (cuidados técnicos) e mantê-lo o maior tempo possível junto ao colo materno (cuidados maternais), facilitando assim, o aleitamento materno.
Vantagens do Método:
- Aumentar o vínculo mãe-filho
- Diminuir o tempo de separação mãe-filho, evitando longos períodos sem estimulação sensorial.
- Estimular o aleitamento materno, favorecendo maior freqüência, precocidade e duração.
- Desenvolver maior competência e confiança dos pais no manuseio do seu filho de baixo peso mesmo após a alta hospitalar.
- Melhorar o controle térmico
- Diminuir o número de recém-nascidos em unidades de cuidados intermediários devido a maior rotatividades de leitos.
- Melhorar relacionamento da família com a equipe de saúde.
- Diminuir a infecção hospitalar.
- Diminuir a permanência hospitalar.
População a ser atendida:
- Gestantes com situações clínicas ou obstétricas com maior risco para o nascimento de crianças de baixo peso.
- Recém-nascidos de baixo peso, desde o momento de admissão na Unidade Neonatal até a sua alta hospitalar
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